Praça Floriano Peixoto e Quartel do 1º batalhão da PMMG
(Antiga praça Belo Horizonte)
A praça faz parte do projeto da nova capital, situando-se no limite do perímetro da avenida do Contorno, no bairro Santa Efigênia, padroeira dos militares. Seu nome original era praça Belo Horizonte, passando a se chamar praça Marechal Floriano Peixoto em 20 de dezembro de 1929, como homenagem ao segundo presidente da República Federativa do Brasil.
O prédio do quartel teve sua construção iniciada em 07 de março de 1897, na ainda Vila do Curral Del Rey, projeto de Edgard Nascentes Coelho, desenhista da secção de arquitetura da comissão construtora e sob a responsabilidade do conde de santa marinha. Foi inaugurado em 12 de maio de 1899.
As vias urbanas que delimitam o perímetro de tombamento do edifício do quartel e a praça são a avenida do Contorno, ruas Manaus e Álvares Maciel.
O quarteirão onde se situa o prédio do quartel é plano e de maior altitude. a construção é em formato de ”o”, com um grande pátio central descoberto. um prédio que se impõe externamente pela sua beleza arquitetônica em estilo eclético e pela forma de fortaleza militar. Internamente, caracteriza-se pela simplicidade de caserna.
Possui uma fachada frontal de 112,5 metros de comprimento e 1,10 metro de largura, composta de um corpo central ladeado por dois torreões e mais dois torreões nas extremidades. Estes cinco corpos e a fachada posterior são de dois pavimentos. Todas estas construções estão unidas por pavilhões de um só pavimento e paredes de 70 cm de largura.
Ao longo da fachada frontal e das fachadas laterais, perfilam-se inúmeras claraboias que permitiam que os soldados acionassem metralhadoras. a entrada de pedestres se faz no eixo do corpo central e a de viaturas na sua lateral direita, na fachada frontal. Na fachada posterior existe uma saída de viaturas situada no eixo central. A cobertura do prédio é em telha cerâmica francesa. O piso do pátio em asfalto. Os pisos de corredores, escadas, salas e demais dependências são de marmorite, cimento queimado, tacos de madeira e cerâmica.
A rua Domingos Vieira separa o quartel da praça. Esta última, possui planta retangular, dividida em três áreas diferenciadas pelos usos e tratamentos paisagísticos.
A parte mais elevada, próxima ao quartel, é composta por dois grandes gramados em declive, separados por alameda e delimitados por árvores, palmeiras e pequenos arbustos.
Separando esta área da parte inferior, existe uma via interna plana, revestida de piso de pneu reciclado, ladeada por bancos de madeira. Nesta área se encontram brinquedos infantis, equipamentos para exercícios físicos e água potável.
A terceira parte da praça (a maior) possui muitos espaços interligados por caminhos de pedra lajeada, pistas para caminhadas e muitos jardins, ricamente compostos. nesta porção mais baixa, junto à av. contorno, temos elementos construídos como: vestiário, caramanchão e arquibancadas. na parte central, desta terceira área, encontra-se uma escultura metálica.
A praça sofreu intervenção em 1996, a partir de uma parceria da prefeitura com a Petrobras e a partir de 2010, ao ser adotada pela Unimed, sofreu intervenções em função das condicionantes do licenciamento ambiental para a construção de um hospital em seu entorno.
O conjunto arquitetônico, paisagístico e histórico do quartel e da praça foi tombado pelo Iepha-MG em 1984 e pelo patrimônio cultural de Belo Horizonte dez anos depois, em 1994.
