O grupo escolar Dom Pedro II recebeu esta denominação em homenagem ao 2º imperador do Brasil. Foi criado em dezembro de 1925 (pelo decreto nº 7.044) e inaugurado em setembro de 1926. Situa-se no terreno triangular entre as ruas Padre Rolim, Rio Grande do Norte e avenida Professor Alfredo Balena (antiga avenida Mantiqueira), no bairro Santa Efigênia, com entrada por esta última. A escadaria é de granito e os dois lances são separados por uma rampa de mosaicos de pedras de duas cores, presentes também na calçada.
Impulsionado pelo movimento nacionalista, em voga desde 1914, o arquiteto Carlos Santos projetou o prédio no estilo neobarroco, em oposição ao que predominava na cidade, o ecletismo. O projeto procurou adequar-se ao gosto e desejo do então presidente do estado, Fernando Mello Vianna, adepto do movimento nacionalista, e baseava-se nas tradições coloniais mineiras e portuguesas. É uma arquitetura barroco-rococó, com portadas em pedra-sabão, obra do artista José Bahia, frontões típicos das igrejas coloniais de minas, e azulejaria e pátios de inspiração portuguesa e mourisca.
O prédio de dois pavimentos tinha, no segundo andar, doze salas de aula, além de outras dependências necessárias ao funcionamento da escola. Contornando a área interna, ampla galeria com arcos sustentados por colunas torsas, guarda-corpos em cobogó e piso em ladrilho hidráulico. Nas extremidades, escadas de mármore dão acesso ao pavimento inferior, também composto por salas e galerias, porém abertas para o pátio interno. No andar de cima, nos ângulos laterais, portas se abrem para varandas, sob pérgulas, que possibilitam, pelas escadas de granito, o acesso ao gramado do jardim, onde chafarizes com carrancas jorram água, duas esculturas de autoria do artista Moreira Júnior representando o “progresso” e a “instrução”, ladeiam a entrada principal. Todas as fachadas possuem janelas em arcos-plenos e colunas torsas com capitéis jônicos, assim como as colunas das galerias internas.
No salão de festas, que divide o pátio interno ao meio, existia no teto um painel pintado a óleo pelo artista Aníbal Mattos. Por volta de 1953, este painel foi perdido devido aos danos ocorridos na cobertura do edifício. O mobiliário foi produzido pelos irmãos Tunes e seguiam o estilo D. João V. O partido triangular do edifício, provavelmente decorrente do aproveitamento do terreno, era circundado por jardins, mas foi descaracterizado pela ampliação dos espaços de recreio, construção de muros, grades e portões.
O decreto de tombamento da Escola Estadual Dom Pedro II pelo Iepha-MG se deu em 15 de fevereiro de 1982.