(Antiga Secretaria de Agricultura)
O prédio da Secretaria de Viação e Obras Públicas faz parte do centro cívico da administração estatal da fundação da nova capital. No seu andar térreo funcionou, até 1910, a prefeitura de Belo Horizonte. Foi tombado pelo estado em 1977, como parte do Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Praça da liberdade.
O “prédio verde”, como é popularmente conhecido, possui um belo hall que é acessado do nível da praça, por uma escada de granito. Do hall, sai uma escadaria de ferro fundido pela companhia belga Societé Des Acieries de Bruges. É um trabalho artístico que foi montado em um sistema inovador para a época, o joly, que permite a sustentação do próprio peso.
A edificação projetada pelo arquiteto José de Magalhães teve sua construção iniciada em 1895, executada pela Comissão Construtora da Nova Capital, e foi inaugurada em 1897. Tem estilo eclético com influência do neoclássico. Entre o segundo e terceiro andares, existe uma porta e um vitral que dão para uma varanda que se debruça sobre o pátio interno. Nas paredes do grande hall, estão pinturas parietais do pintor Frederico Antônio Steckel.
O restante do prédio é composto por amplas salas, com enormes pés direito. Na fachada posterior, possui uma entrada secundária, de menor suntuosidade que a principal e que fica um nível abaixo desta. Possui cerca de 9 mil metros quadrados distribuídos em quatro pavimentos. Foi tombado pelo município de Belo Horizonte em 1994.
Foi o último prédio a ser incorporado ao Circuito Cultural da Praça da Liberdade, como casa do patrimônio cultural de Minas Gerais. Seu projeto de restauração ainda está em processo de elaboração e, quando executado, abrigará um equipamento articulador dos conteúdos de cultura e patrimônio cultural.
Será a sede institucional do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e espaço cultural aberto ao público. Terá espaços destinados a exposições e mostras, ateliê vitrine de restauração de acervos documentais e tridimensionais protegidos, núcleos de técnicas construtivas tradicionais, biblioteca especializada, espaços para assessoria aos municípios, reuniões de conselhos de cultura e patrimônio cultural e de comitês de comunidades envolvidos na salvaguarda do patrimônio imaterial.