Inaugurado em 1942 como equipamento público, foi privatizado em 1961. Sua proposta inicial incluía, além dos esportes náuticos e tradicionais na sede da orla, o golfe, em uma outra sede que nunca chegou a ser construída. O terreno destinado a segunda sede também fazia parte do projeto de Oscar Niemeyer e, posteriormente, foi transformado no atual zoológico da cidade de Belo Horizonte.
Neste projeto da orla, o arquiteto privilegia as retas no lugar das curvas, no qual se destaca o telhado asa de borboleta com inclinação em “V” para uma calha central, que foi uma solução pensada por Le Corbusier, mas que só foi difundida depois de ser concretizada na Pampulha. Inundada pelas águas do lago, no pilotis ficava a garagem de barcos e lanchas. O prédio, que lembra um barco, é acessado por rampa e possui dois salões para festas, circundados por varanda e deck descobertos, este último lembrando uma proa que avança sobre o lago.
O “Espelho d’água” é decorado com obras da artista Esthergilda Menicucci; de Cândido Portinari com as obras “O suicídio da consciência”, também chamado de “o espantalho”; e com o painel “O esporte” de Roberto Burle Marx. As paredes são de vidro, integrando o interior com a paisagem e brises-soleils no lado oeste protegem o interior da insolação. O prédio principal é revestido de granito e os elementos soltos são revestidos de azulejos assim como nos prédios do Museu de Arte Moderna e da Casa do Baile.
Do desenho paisagístico de Burle Marx, nada resta, além de um projeto para subsidiar uma futura restauração. Ao longo dos anos, acréscimos foram construídos, descaracterizando o projeto original do arquiteto, o que dificultava o tombamento do conjunto pela UNESCO. O problema foi solucionado com a desapropriação do clube pela prefeitura, que demolirá as ampliações.