Construída entre 1902 e 1920 sob os auspícios de Dona Anna de Aquino Salles, esposa do presidente do estado Francisco Salles. Erguida em terreno triangular, cedido por Aarão reis, situado na confluência das atuais avenidas Carandaí, Alfredo Balena e rua Paraíba, foi a segunda igreja erguida em Belo Horizonte. Foi tombada em março de 1979 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG).
O projeto da igreja é de Edgard Nascentes Coelho e a planta foi cedida pela prefeitura da capital de Minas Gerais em 1901. A irmandade do Sagrado Coração de Jesus confiou a obra aos padres redentoristas. Hoje, porém, os cuidados da igreja estão a cargo dos padres maronitas. É conhecida como igreja dos sírios e da comunidade árabe.
A igreja é em estilo flamengo, hoje chamado de neogótico. Foi construído em um período que o ecletismo predominava no Brasil e, por isso, também tem elementos classicistas, tais como colunas com influências gregas, elementos que compõem especialmente as fachadas, interferindo na volumetria, e um conjunto de molduras que coroam colunas e paredes.
A estrutura possui dez metros de largura, 22 de comprimento e uma torre com 23 metros de altura. Internamente, sobressai-se o altar-mor gótico que veio de Portugal e as pinturas de cenas bíblicas, no forro da nave e nas paredes laterais, bem como os altares góticos das paredes laterais.
Enormes colunas marmorizadas sustentam o forro em abóbada de aresta do cruzeiro, ornamentada com pinturas de anjos, evangelistas e doutores da igreja. O piso é de madeira emoldurado por corredores de ladrilho hidráulico, ambos em dois tons.
No altar-mor encontra-se a imagem do Sagrado Coração de Jesus; no altar lateral direito, a imagem de Nossa Senhora da Guia e no altar lateral esquerdo a imagem de Santa Terezinha.
Os telhados em diferentes alturas dão movimento à volumetria. A planta é em cruz latina. No átrio, à esquerda, temos a pia batismal e à direita temos a escada de madeira em espiral que leva ao coro. Com uma nave única e o vão que separa a nave da capela-mor, espaço este que corresponde em planta aos braços da cruz, possui capelas laterais e ao centro uma cúpula abobadada. Esta cúpula não é comum nas igrejas brasileiras.
Nas fachadas, possui pórticos e janelas com vergas ogivais emolduradas. Pináculos de base quadrada, seguindo o padrão da torre.